Estamos encerrando o nosso semestre e agredecemos a Deus todas as coisas maravilhosas que aconteceram e todas as pessoas que conhecemos que compartilharam das nossas derrotas e conquistas. Um grande abraço a turma noturna do curso de Psicologia 2010.1 e a todos os leitores do nosso blog, um lindo Natal e em breve postaremos as novidades do terceiro semestre que promete muito.
Sejam todos bem vindos ao mundo psiquê
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domingo, 12 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL A TODOS...
Estamos encerrando o nosso semestre e agredecemos a Deus todas as coisas maravilhosas que aconteceram e todas as pessoas que conhecemos que compartilharam das nossas derrotas e conquistas. Um grande abraço a turma noturna do curso de Psicologia 2010.1 e a todos os leitores do nosso blog, um lindo Natal e em breve postaremos as novidades do terceiro semestre que promete muito.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Dica de filme
Dica de filme
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Professora Dra. Maria de Fátima Berenice da Cruz
Os discentes promoveram mesas de comunicações tendo como palestrantes, ao mesmo tempo, psiquiatra, psicólogos e usuários do CAPS - Alagoinhas; fizeram visitas técnicas ao Hospital Especializado Lopes Rodrigues - HELR, para onde levaram o trabalho da F.SS.S em formato de palestras e finalizando as atividades fizeram performances de rua na cidade de Alagoinhas, através do método da Escola de Chicago, isto é, colocaram-se na condição de mendigos e loucos.
A experiência vivenciada pelos estudantes de Psicologia na cidade de Alagoinhas deu-lhes condição de experimentarem no corpo a reação dos transeuntes das praças frente ao indivíduo excluído sócio-historicamente. A intenção primaz da atividade era diagnosticar qualquer resquício na contemporaneidade do medo que assolou os séculos XVII e XVIII, discutidos por Foucault na obra estudada.
Após diagnóstico de campo, as equipes de trabalho puderam concluir que apesar do século XXI promover o discurso inclusivo, o medo e o preconceito ainda imperam na sociedade. Temos medo da implicação com o fato social, temos medo da dor, da feíura, do desequilíbrio e da morte. Dessa forma, nos escondemos atrás das grades, das redes sociais de comunicação e de todos os paliativos que nos dê a condição de turistas terrenos e não de peregrinos terrenos. Partindo do diagnóstico supracitado, finalizamos o trabalho promovendo uma passeata no dia 18/11 com os alunos do curso de Psicologia, juntamente com os usuário do CAPS - Alagoinhas. A passeata revelou a necessidade que os usuários do CAPS têm da sua aceitação e inserção no contexto social alagoinhense através de opostunidades que possamos lhes oferecer.
Enfim, o mérito do trabalho reside no encontro entre psicólogo em formação e a cidade na qual ele atuará. Dessa forma, agradecemos a todos os alunos e alunas que participaram brilhantemente do trabalho e agradecemos também as instituições que colaboraram para as atividades transcorressem de forma organizada, tais como: Polícia Militar, SMTT, Corpo Administrativo da F.SS.S, Dirigentes do CAPS, Coordenador do curso Moacir Lira, Jornal Gazeta dos Municípios e todo o povo alagoinhense que vivenciou as atividades conosco.
UNEB / FSSS
Reportagem publicada no Jornal Gazeta dos Municípios
Alagoinhas (BA), 30 de novembro de 2010.
Palestrando no Lopes Rodrigues
Professora Dra. Maria de Fátima Berenice da Cruz
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Dica de filme
O tridente como símbolo da Psicologia
Possêidon significa "senhor das águas", é o Deus das águas, mas principalmente, das águas subterrâneas e submarinas. De acordo com a Mitologia, após a vitória dos Deuses sobre os Titãs, o universo, foi dividido em três reinos, um para cada irmão: Possêidon obteve o domínio do mar. Zeus, a maior autoridade do Olimpo, ganhou domínio sobre o céu e a terra e Hades sobre os infernos e o mundo subterrâneo e vulcânico. Possêidon nem sempre foi muito dócil à superioridade e autoridade de seu irmão Zeus.
Possêidon percorria as ondas sobre uma carruagem tirada por seres monstruosos, meio cavalo meio serpente ou por cavalos. Seu cortejo era formado por peixes e delfins e criaturas marinhas de todas as espécies. Eram jogados touros vivos no mar como sacrifício ao Deus.
Possêidon Reina em seu império líquido, a maneira de um "Zeus marinho", tendo por cetro e arma o tridente , que dizem ser tão terrível quanto o raio.
Uma concepção mais antiga de Possêidon é o de "sacudidor da terra", o que corresponde a uma ação de baixo para cima, isto é, uma atividade exercida do seio da terra por uma divindade subterrânea. Quando a terra treme devido á força de Possêidon, tudo que está apoiado sobre a terra é destruído.
O tridente era usado por Possêidon como arma de guerra: quando ele o enfiava no coração do seu adversário ganhava poder sobre sua alma. Para demonstrar sua força, Possêidon golpeava a terra com seu tridente e fazia brotar um mar, ou, segundo outras versões, um cavalo. Em sua cólera, Possêidon usava seu tridente para inundar ou secar terras.
As três pontas do Tridente representam as três pulsões: Sexualidade, Auto conservação e Espiritualidade (Auto-realização) e, fonte de todos os desejos facilmente exaltados e da natureza imanente. A Sexualidade e a Auto conservação são forças indispensáveis para a vida, mas que também representam o perigo da perversão e a fraqueza essencial que pode possuir o homem.
Sobre o conceito de espiritualidade como pulsão, Leonardo Boff em seu livro "A Águia e a Galinha" menciona textualmente o seguinte: "A vida espiritual possui em nós o estatuto de uma energia originária. De um instinto com a mesma cidadania que o instinto sexual, o instinto de saber, o instinto de poder, o instinto de violar os tabus e o instinto de transcender". Note-se, não se trata de um instinto qualquer, um entre tantos. Mas de um instinto fundamental, articulador de todos os demais.
A Pulsão da Espiritualidade também pode ser comparada ao "Impulso para a auto-realização" defendido por Carl Rogers e os existencialistas e também a "necessidade de evolução" defendida por algumas teorias religiosas.
Ainda de acordo com conceito das 3 pontas do Tridente, da tríade de forças, como não lembrar da divisão Freudiana do sistema psíquico em: Inconsciente, Pré-consciente e Consciente (1ª tópica - Até 1914) e em: Ego, Id e Superego (2ª Tópica - Após 1914)?
A partir do mencionado, podemos concluir que o símbolo da psicologia é essencialmente o símbolo das forças do mundo inconsciente, que podem levar-nos à loucura e a morte ou até os estados mais perfeitos do equilíbrio psíquico.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Congresso
Fonte: http://www.crp03.org.br/
Sinopse
Para alguém muito especial...
"Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo"
Foi maravilhoso passar este ano em sua presença. E você sempre será uma psiquê 2010.
Não é tarde pra dizer que você é muito especial.
Sucesso garota!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Mapeamento Ambiental Urbano
Vale resaltar a grande apresentação da equipe de Satiro Dias com nosso talentoso amigo Samuel (Sam ou Samuka). Esse cara é fera, baita figura, engraçado, humano, solidário e uma peça fundamental pra nossa turma. Ele até fez uma homenagem a uma grande pessoa que está deixando a nossa turma que é Vanessa...Vilane você é iluminada....Deus esteja sempre com você.
E pra você Samuka, depois de sua apresentação, ficou a vontade de visitar sua cidade e conhecer mais sobre a sua cultura. Sua atuação no projeto "Por trás das lentes" é maravilhosa. Pra quem não conhece este talento segue um link de uma das apresentações dele.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Hospital Especializado Lopes Rodrigues
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Seminário "A nova divisão"
Seminário "Do bom uso da liberdade"
domingo, 7 de novembro de 2010
Psicologia Ambiental
Conheça nosso mascote....
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Tendências à Psicopatia na Infância
domingo, 24 de outubro de 2010
Psicologia Ambiental
Dicas de Séries
Enquanto Gallagher confronta as mais diversas e complicadas crises dos seus pacientes, ele é capaz de mergulhar rapidamente na mente dos pacientes, não para resolver instantaneamente complexas desordens psiquiátricas, mas para compreender que tipo de pessoas realmente são. Isto poderá permitir-lhe descobrir aquela que poderá ser a chave para a demorada recuperação.
A série terá 45 episódios (de meia-hora), com 5 sendo exibidos por semana, um em cada dia e cada episódio será dedicado especificamente a um paciente.
Ref. http://www.baixartv.com/
sábado, 23 de outubro de 2010
Dica de Livro
Assim como Moreno disse a Freud “Eu continuo onde o senhor termina”, o autor continua onde Moreno termina, apesar da abertura para o novo. É um livro que disseca a prática à luz de uma teoria da técnica, até aqui quase inexistente, acrescida do compartilhamento do autor em face dos obstáculos e dificuldades do trabalho coti diano. Do avesso, a crítica construtiva, porém contundente. O autor não poupa os excessos acadêmicos que congelam a criatividade do bem fazer o psicodrama.
Sergio Perazzo é médico pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal-RJ, especializado em Psiquiatria pelo Hospital do Servidor Público-SP. Tem formação em psicodrama pela Sociedade de Psicodrama de São Paulo e é credenciado pela Federação Brasileira de Psicodrama. É professor-supervisor-didata de psicodrama, membro da ABPS e exerce atividade clínica e de supervisão. É autor de vários livros, como Descansem em paz os nossos mortos dentro de mim, Ainda e sempre Psicodrama e Fragmentos de um Olhar Psicodramático.
Dica de filme
O mais interessante em “A Origem” é como o personagem principal enfrenta a impossibilidade de ter certeza sobre os limites da realidade. O desejo é motor do sonho, e o sonho não cessa. Repressão de memórias e loucura se entrelaçam, seguindo o fio condutor das idéias de Freud. Mas o espectador é levado ainda mais longe, saltando por cima das divergências acadêmicas no campo das psicologias e das neurociências para interrogar de modo incisivo, equipado com tudo que sabemos, qual é a arquitetura última da mente. Nada mal para um blockbuster.
Ref: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-ciencia-por-tras-do-filme-a-origem
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
1º Simpósio de Psicologia de Feira de Santana
I SIMPÓSIO DE PSICOLOGIA DE FEIRA DE SANTANA
TEMÁTICA: “Os profissionais de saúde diante da morte e do morrer”
Data: de 07 a 09 de outubro de 2010
Local: Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo
QUINTA-FEIRA – 07/10
CREDENCIAMENTO: 15h30min
ABERTURA: 16h00
PALESTRA DE ABERTURA:
“A Multidisciplinaridade no atendimento ao paciente sem possibilidades terapêuticas”
Médica Neurologista – Dra. Isolda Nonato
Psicóloga – Prof.ª Paula Rubia – Docente no curso de Psicologia da FTC; Pós graduada em Saúde Mental; Psicóloga Clínica; Psicóloga HGCA.
Enfermeiro – Prof. Rodrigo Bastos – Graduado pela UEFS- Especializando em Acupuntura – INCISA – BA
Fisioterapeuta – Fta. Talita Bezerra da Silva – Especializada em Neurologia; Atendimento domiciliar ; RPG; Pediatria.
18h:00 – Coffe Breack – Momento Cultural
SEXTA-FEIRA – 08/10
MINI CURSO: “Cuidados Paliativo e seus paradoxos”
Prfª. Luísa Sarno – 07h:30min – 12h:30min
Psicóloga, Especialização em Psicologia Hospitalar; Mestranda em Psicologia
07h: 30 min
Enfrentamento da doença entre os profissionais de saúde: “DOR” E “LUTO”.
Psicólogo – Prf. Luiz Antonio Manzochi - CRP. 06/48199-3 -Instituto 4 estações Psicólogo clínico, doutorando em Psicologia clínica na PUC- SP, estudando questões de Morte e Luto e Atendimento Multidisciplinar em Crise,
Mestre em Gerontologia pela PUC- SP;
Especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto pelo 4 Estações Instituto de Psicologia- SP ;
Especialista em Psicologia Hospitalar pelo CRP ;
Especialista em Teoria e Prática Junguiana pelo Coggeae- PUC- SP
Enfermeiro – Prof. Rodrigo Bastos – Graduado pela UEFS- Especializando em Acupuntura – INCISA – BA
Fisioterapeuta – Prof.ª Virgínia Paim – Docente no curso de Fisioterapia na Faculdade Nobre de Feira de Santana.
Intervalo: 10h15minh – Retorno 10h30min ( Apresentação de trabalhos – Comunicação)
Mesa redonda: Espiritualidade e atitudes religiosas
I- CRISTIANISMO – PR Antonio Marcos – Psicólogo, Teólogo, Historiador
II- ESPIRITISMO –Prf. Pierre Gonçalves de Oliveira Filho – Psicólogo, ART Terapeuta, Mestre em Saúde Coletiva.
III- RELIGÕES AFRO BRASILEIRAS- Prf. Valter da Mata Filho – Mestrado em Psicologia
IV-DISCUSSÃO -
Intervalo 12h30min – Retorno 14h00min
MINICURSO: “O Cérebro e a Morte”- 16h:15min – 18h:00min
Dr. Márcio Brandão – Neurologista / Neurocirurgião
14h:00min
Tanatologia: “Educação Para Morte”
* Profª. Larissa Santana – Psicóloga no Hospital Unimed- HU;Especialista em Psicologia Hospitalar
* Prf. Luiz Antonio Manzochi: Instituto 4 Estações
Intervalo 16h00minh – Retorno 16h: 15 min ( Apresentação de Trabalhos- Comunicação)
Mesa Redonda – Eutanásia, Distanásia E Ortonásia.
Prof. Júlio César Hoenisch – Mestrado em Psicologia Social e da Personalidade ; Atuação em Psicologia Jurídica. Docente da UEFS
Dr. Ronaldo Mendes – Advogado OAB/ BA-21.815
Encerramento 18h00minh
Sábado – 09/10
MINI CURSO: Os profissionais diante da morte e do morrer: “Dinâmica da família” 09h40min – 13h40min
Prf.ª Patrícia Caldeira- Psicóloga – Especialista em Família
07h:30min
Tempo E Morte: Psicanálise E Hospital
Drª. Marisa Decat de Moura – Psicóloga,; Psicanalista;Mestrado em Psychologie Psychopathologie Subjectivité Langage; Possui Doutorado em Ciências/ Reprodução Assistida.
Intervalo 09h100min – Retorno 09h40min – Livros autografados
09h:40min
A Sociedade Diante da Morte E do Morrer
* Prof. Alfredo Barbosa _Especialista em educação; Supervisor de Estágio em Serviço Social da FAN; Assistente Social do Projeto de Extensão para Idosos do Grupo Vida Nobre, no LABOFAN, da Faculdade Nobre; professor da Faculdade Nobre de Feira de Santana e da Faculdade Vasco da Gama, em Salvador.
* Prof. Vicente Deocleciano – Antropólogo- Coordenador do setor de Antropologia da UEFS; Mestrado em Ciências Sociais
* Profª. Joelma da Silva- Psicóloga;Mestre em Psicologia Social, Docente no curso de Psicologia da Faculdade de Tecnologia e Ciências
Intervalo 11h30min – Retorno 12h30min
A Doação de Órgãos
Drª. Maria Constança Velloso – Psicóloga;Docente no curso de Psicologia da Faculdade Bahiana de Medicina Especialização em Psicologia Hospitalar Especialização em Saúde Publica; Mestranda em andamento em Família na Sociedade Contemporânea.
Dr. Roberval – Médico na Clinica Senhor do Bomfim e Hospital Roberto Santos
14h:00min
O Trabalho Multidisciplinar no atendimento ao paciente portador de doença crônica.
I A VISÃO MÉDICA – DRA. Nadjane Miranda-CRM-BA nº 10.634 -Hematologia e Clínica Médica;Especialização em Hematologia e Hemoterapia ; Mestrado em Patologia com área de concentração em linfoma de Hodgkin.
II O TRABALHO COM A EQUIPE –Prfª. Arlete Bomfim – Graduação em Enfermagem;Mestre em Família e Sociedade Contemporânea .
III O ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGIICO AO PACIENTE –Prfª. Aydênia Araújo – Psico oncologista – Psicóloga no UNACOM
IV O ACOMPANHAMENTO PSICÓLOGICO AOS FAMILIARES - Prfª. Maria do Carmo da Silva Mendes – Psicóloga; Coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Aristides Maltez.
Encerramento ás 16h40min – Entrega de Certificado.
Mais informações acesse: http://psicologiaftcfsa.wordpress.com/
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Stultifera Navis
Stultifera Navis era um barco da Idade Média (a famosa Nau dos Loucos) que passava pelo Rio Reno recolhendo os loucos, os bêbados, os vagabundos, os anti-sociais e os patetas da família. (Em tempos de sobriedade punitiva, como diria Foucault, é melhor ficar louco).
É também um livro escrito por Sebastian Brant em 1494. Trata-se de um extenso poema que faz o inventário de 110 vícios morais e pretensões mundanas da época, tais como barulho dentro da igreja, casório por dinheiro, arrogância, etc. As descrições de Brant reunem-se no tema de um grande cortejo de loucos: todos são embarcados numa nau que navegará até a mítica "Narragônia", ilha em que seriam reunidos todos os vícios.
Contemporaneamente, a Nau dos Loucos adquiriu relativa visibilidade a partir de um autor célebre que expõe tal questão: Michel Foucault. Segundo Foucault, no capítulo I de História da Loucura, a Nau dos Loucos é uma mesma imagem que serve a duas experiências diversas da loucura: uma, expressa por exemplo em Bosch, Brueghel, Schonghauer e Durer, Foucault chama de "experiência trágica". A experiência trágica da loucura diz respeito à abertura do sábio às figuras da alteridade, que aparecem sob a forma de uma "invasão" de figuras do "outro mundo", "nesse" e de modo "chão". Há um conteúdo misterioso, uma sobredeterminação, um excedente de sentidos, na linguagem do louco. Tal tema da "invasão" da loucura mostra que ela possui saber - um saber do próprio mundo -, expresso em um conhecimento esotérico que diz respeito à verdade do próprio homem.
Já em Brant e Erasmo, a função da loucura é diversa, segundo Foucault. Não é mais "trágica", mas "crítica": a loucura não é sabedoria, mas irrisão; não demonstra nenhum ensinamento, mas é precisamente o oposto do ensinamento. A Nau de Brant trata de uma sátira moral, não a favor da loucura, mas contra ela: os poemas mostram pretensões inúteis, falsas, vãs, errôneas, vagas, e o ensinamento figura não sob algum segredo que possa ser contado pela loucura, mas na ironia daquele que não se deixa enganar. Esse é o conteúdo "pedagógico" das gravuras, que pode ser visto já na primeira, sobre o sábio. Conforme Foucault, esse elemento "crítico" da loucura prevalecerá sobre o "trágico", na história, em certo sentido abrindo o espaço em que serão tornadas possíveis as experiências modernas da loucura.
domingo, 25 de julho de 2010
Sugestão de Filme - O Solista
Steve Lopez (Robert Downey Jr.) é um colunista famoso do Los Angeles Times e vive em busca de uma história incomum. Em um dia como outro qualquer, não exatamente em sua busca por uma matéria, ele ouve na rua uma música e descobre Nathaniel, tocando muito bem num violino de apenas duas cordas. Seu nome é Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um dos milhares de sem teto das ruas de Los Angeles, ex músico que sofre de esquizofrenia, sonha em tocar num grande concerto e é um eterno apaixonado por Beethoven. Lopez prepara uma coluna sobre sua descoberta e recebe de um leitor, como doação, um instrumento para o músico. É o começo de uma amizade que poderá mudar para sempre suas vidas. Baseado em fatos reais.
sábado, 19 de junho de 2010
Comemorando o sucesso do 1º semestre...
Amigos....que Deus nos ilumine sempre e agradecemos a Ele por isso...que a força estaja conosco e um maravilhoso São João pra todos.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Esquizofrenia
Local: Espaço Cultura do Colégio Santíssimo Sacramento
Data: 09/06/10
Horário: 20:00 hs.
domingo, 6 de junho de 2010
Teatro como reabilitação psicossocial.
Por muitas vezes fiz sorrir com o rosto coberto de tinta. Será que alguem pode notar a tristeza em minha vida?
Dramatizar é o que eu faço, em verdade ou incerteza. A loucura de um sorriso vive em mim por natureza."
Data: 17/06/10
quarta-feira, 21 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Psiquê
Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.
O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram maridos e, no entanto, Psique permanecia sozinha. Através desse oráculo, o próprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.
Quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico. Notou que lá deveria ser a morada de um deus, tal a perfeição que podia ver em cada um dos seus detalhes. Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz.
Chegando a escuridão, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir. Certa de ali encontraria finalmente o seu terrível esposo, começou a tremer quando sentiu que alguém entrara no quarto. No entanto, uma voz maravilhosa a acalmou. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem seu corpo. A esse amante misterioso, ela se entregou.. Quando acordou, já havia chegado o dia e seu amante havia desaparecido. Porém essa mesma cena se repetiu por diversas noites.
Enquanto isso, suas irmãs continuavam a sua procura, mas seu esposo misterioso a alertou para não responder aos seus chamados. Psique sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorava ao seu amante para deixá-la ver suas irmãs. Finalmente, ele aceitou, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade.
Quando suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida por seu esposo, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.
Seu esposo alertou-a que suas irmãs estavam tentando fazer com que ela olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente. Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.
Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque havia algo de errado com ele. Ele realmente deveria ser uma horrível serpente e não um deus maravilhoso.
Assustada com o que suas irmãs disseram, escondeu uma faca e uma lâmpada próximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido, e se ele fosse realmente um monstro terrível, matá-lo. Ela havia esquecido dos avisos de seu amante, de não dar ouvidos a suas irmãs.
A noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psique tomou coragem e aproximou a lâmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda criatura. Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado.
Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.
Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:
- "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor? Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai. Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo, além de deixar-te para sempre. O amor não pode conviver com a suspeita."
Quando se recompôs, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e que se encontrava bem próxima da casa de seus pais. Psique ficou inconsolável. Tentou suicidar-se atirando-se em um rio próximo, mas suas águas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.
Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, morrendo.
Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu a sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande bagunça de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa em seu lugar. Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e disse-lhe:
- "Ó Psique, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda a ela as homenagens que ela, como deusa, merece."
Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde sua raiva. Afinal, por aquela reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada. Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar sua morte.
Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.
Como 2ª tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro. Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua lã. De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.
Sua 3ª tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite uma jarra cheia com um pouco da água escura que jorrava de seu cume. Dentre os perigos que Psique enfrentou, estava um dragão que guardava a fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra com a negra água.
Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar em uma caixa. Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim poder alcançar o mundo subterrâneo. A torre porém murmurou instruções de como entrar em uma particular caverna para alcançar o reino de Hades. Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a:
- "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior que todas as outras coisas, de não olhar dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais."
Seguindo essas palavras, conseguiu chegar até Perséfone, que estava sentada imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro. Tomada porém pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar. Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.
Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a.
Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa.
Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique. Atendendo seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembléia dos deuses e a ela foi oferecida uma taça de ambrosia. Então com toda a cerimônia, Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu seu filho, chamado Voluptas (Prazer).